Criminosos criam esquema de fraude em cartões de vacinação do SUS e vendem no Telegram

No Brasil, Golpistas Usam o Telegram para Vender Cartões de Vacinação Falsos

Uma tendência preocupante na contramão do movimento antivacina está em crescimento no Brasil. Criminosos estão se aproveitando do Telegram para comercializar cartões de vacinação fraudados, com registros falsos no sistema do SUS (Sistema Único de Saúde). Essa prática ilegal tem como alvo pessoas que se deixam influenciar por teorias conspiratórias disseminadas em grupos online.

Esquema semelhante ao investigado pela Polícia Federal envolve uma clínica da rede municipal do Rio de Janeiro, revela o Aos Fatos. Nesse caso, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é suspeito de adulterar cartões de vacinação. A quadrilha conseguiu inserir até mesmo dados falsos, como uma dose de imunizante contra febre amarela, no ConecteSUS.

Descobertas Chocantes:

  • 286 mensagens foram identificadas promovendo a venda de certificados de vacinação em grupos do Telegram, com mais de 762 mil visualizações.
  • Oferta de vacinas do PNI (Programa Nacional de Imunizações) e sazonais, como H1N1 e febre amarela, para adultos e crianças.
  • Preços variados, de R$ 200 a R$ 600, para uma "imunização completa" contra a Covid-19.

Consequências Gravíssimas:

  • Inserir informações falsas em sistemas de saúde pública configura crime federal, acarretando pena de dois a 12 anos de prisão e multa.
  • Clientes que contratam o serviço ilegal podem ser acusados de uso de documento falso, com penas de até seis anos de reclusão.
  • Autoridades de saúde repudiam a prática e prometem punição rigorosa aos envolvidos.

Caminho do Golpe:
O esquema começa em grupos antivacina no Telegram, onde são compartilhadas informações enganosas sobre as vacinas, visando angariar clientes para o serviço fraudulento.

Possíveis Crimes e Consequências:

  • Prática criminosa que não apenas prejudica indivíduos, mas também compromete dados essenciais para a formulação de políticas públicas.
  • Responsabilidade do Estado e das instituições de saúde na proteção de dados sensíveis dos cidadãos, conforme estabelecido pela LGPD.

Nesse cenário alarmante, medidas rigorosas são essenciais para combater essa prática ilegal, garantindo a segurança e integridade dos sistemas de saúde e proteção de dados. Ações conjuntas entre autoridades, sociedade e plataformas online são fundamentais para coibir e punir esses crimes.